OBRAS & CONSTRUÇÃO XXI: Depressão Martinho - como agir em caso de cheias e inundações?



Depois da depressão Laurence, o país volta a enfrentar condições meteorológicas adversas com a chegada da depressão Martinho. De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), as próximas horas trazem um elevado risco de cheias, com a possibilidade de rios e ribeiras transbordarem, resultando em inundações em áreas urbanas, sobretudo em Lisboa.

Além da chuva intensa e persistente, prevê-se vento forte, com rajadas que podem atingir velocidades preocupantes, e uma forte agitação marítima, exigindo especial atenção da população. Diante deste cenário, que medidas devem ser tomadas em caso de inundação? Como reduzir os riscos e proteger pessoas e bens? Vamos esclarecer os passos essenciais para garantir a segurança de todos.

O que fazer em caso de chuva forte e risco de inundações?



Perante as condições meteorológicas alarmantes, a primeira medida essencial é manter-se informado através das indicações da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) e dos especialistas meteorológicos da sua região. A prevenção pode fazer toda a diferença na minimização de riscos, por isso, há vários cuidados que deves adotar.

  • Desobstruir os sistemas de drenagem de água: limpe as sarjetas e os escoadouros e remova objectos soltos no exterior que possam ser arrastados pela força da água ou do vento;
  • Se viver perto de rios, ribeiras ou em áreas com histórico de inundações, fique atento às previsões meteorológicas e, se necessário, equacione medidas adicionais de protecção, como barreiras de contenção (por exemplo, com sacos de areia). Além disso, evite idas às praias, falésias e margens de rios, uma vez que a força da água pode ser imprevisível e perigosa;
  • Garantir que tem um kit de emergência que inclua lanternas, pilhas, rádio portátil, alimentos não perecíveis e água potável, além de documentos importantes num local seguro e acessível.
  • Evite deslocações desnecessárias, como idas ao centro comercial, ao supermercado ou caminhadas de lazer. Se possível, permaneça em casa e, caso precise de sair, evite estradas secundárias e vias junto a zonas ribeirinhas ou propensas a alagamentos;
  • Para quem estiver a conduzir deverá fazê-lo com precaução. Deve mesmo reduzir a velocidade, manter uma distância segura face aos outros veículos e ter atenção à acumulação de água na estrada, que pode levar ao fenómeno de aquaplanagem;
  • Fixa estruturas exteriores como andaimes, placards, vasos ou qualquer outro objecto que possa ser deslocado pelo vento deve ser devidamente protegido;
  • Mesmo após a chuva, muitas áreas permanecem perigosas devido a buracos encobertos, correntes de água e cabos eléctricos danificados.

Acompanhe as actualizações meteorológicas e mantenha-se atento(a) aos avisos das autoridades. Para a depressão Martinho, as áreas mais vulneráveis indicadas pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil incluem as bacias e ribeiras do Tejo (nomeadamente Cascais, Oeiras, Lisboa, Loures, Odivelas e Setúbal), além das regiões do Oeste, do Sado, do Guadiana e do Algarve. Para além da chuva intensa persistente, poderá existir trovoada e, em alguns casos, queda de granizo.

Quem chamar em caso de cheias e inundações?

Manter a calma é essencial nas situações de cheias e inundações, para que consiga tomar decisões de uma maneira informada e segura. Nestas situações, deverá utilizar o telemóvel apenas quando necessário, para preservar a bateria, e contacte os serviços de emergência se precisar de ajuda. Em situações de perigo iminente, liga para o 112.

Pode recorrer igualmente às estruturas da Protecção Civil e aos Corpos de Bombeiros da sua região. Consulte o mapa das entidades responsáveis pelo socorro no território nacional para saber a quem recorrer em cada situação.

Não tenho garagem. Como proteger o meu carro perante as inundações?



Se não possui garagem e quer proteger o seu carro contra inundações, o mais importante é escolher bem onde o estaciona. Sempre que possível, dê preferência a zonas mais elevadas e evite áreas com histórico de cheias, como ribeiras ou locais de fraca drenagem. O essencial é procurar alternativas seguras:

  • Parques ao ar livre em terrenos altos, que oferecem melhor protecção do que parques subterrâneos, especialmente em períodos de chuva intensa. Se tiver acesso a um estacionamento coberto alto, tanto melhor, pois reduz significativamente o risco de danos causados pela água.
  • Se tiver de estacionar o carro num local desprotegido, uma capa impermeável pode ajudar a minimizar os estragos, enquanto a aplicação regular de cera e selante proteja a pintura.
  • Certifique-se de que as borrachas das portas estão em bom estado para evitar a entrada de água no interior do veículo. A manutenção do sistema eléctrico e das saídas de ventilação também é essencial para reduzir os riscos em caso de exposição à água.
  • Se for apanhado por uma inundação enquanto conduz, nunca atravesse estradas alagadas, mesmo uma camada fina de água pode fazer-lhe perder o controlo do carro.
  • Se a água começar a subir, mantém a calma e evite acelerar para tentar sair rapidamente da situação, pois isso pode agravar os danos. Caso o motor se desligue, nunca tente ligá-lo novamente, já que a entrada de água nos cilindros pode causar avarias irreversíveis.

Contacte os serviços de emergência para que lhe possam socorrer com a maior brevidade possível. Ligue as luzes de emergência, imobilize o veículo e, se possível, desloque-se a pé para um terreno mais elevado.

Se ficar sem internet em dias de chuva. O que fazer?



Muitos utilizadores queixam-se das falhas de internet sempre que chove, o que pode ser frustrante, principalmente para quem trabalha em casa ou precisa de estudar. Se a sua internet falha regularmente durante a chuva e já testou várias soluções sem sucesso, aqui estão algumas formas de minimizar o impacto e melhorar a estabilidade da ligação:

1. Verifique a infraestrutura e os cabos: a chuva e a humidade podem afectar a qualidade do sinal, causando falhas temporárias. Cabos desgastados, conectores oxidados ou infiltração de água nas caixas de distribuição do operador podem ser a origem do problema. Contacte a sua operadora e peça uma verificação técnica, dando especial atenção às ligações externas;

2. Melhore a cobertura Wi-Fi em casa: se o sinal for fraco em algumas divisões, algumas soluções podem ajudar a manter a estabilidade. Há extensores de Wi-Fi com equipamentos resistentes às intempéries.

3. Registe e reporte as falhas: sempre que perca a ligação, faça testes de velocidade e guarde os resultados. Se o problema persistir, apresente uma reclamação formal à sua operadora e, se necessário, reporte a situação à ANACOM para garantir que o serviço é revisto de forma útil.

Se a sua ligação continua instável em dias de chuva, vale a pena considerar algumas alternativas para garantir acesso à internet. Se tiver um plano de dados móveis generoso, pode usar o seu smartphone como hotspot temporário para ligar outros dispositivos. 

Para locais onde a infraestrutura terrestre não é fiável, a internet por satélite pode ser uma alternativa, embora menos comum e, por vezes, mais dispendiosa.

É importante lembrar que a internet não deverá falhar sempre que chove. Se o problema persistir, a sua operadora tem a responsabilidade de assegurar um serviço de qualidade.

Perante os avisos da Protecção Civil e tendo em conta o cenário de chuva e vento forte, se puder mantenha-se em casa e tom as precauções necessárias para que tudo corra pelo melhor. 

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